Este projeto explora as comunidades de mulheres negras que participaram nas histórias de mobilidade e criação de memória no espaço do Atlântico Pardo nos campos da literatura, teoria crítica e cinema transnacional. Tomando como o seu objeto de estudo uma relação de três séculos entre o Brasil, países de África e Portugal, o projeto pretende apresentar novas perspectivas sobre a criação de memória e o movimento feminino negro entre estes países, prestando atenção à diferença de género e às identidades queer, bem como a afiliações regionais, nacionais e transnacionais. Dentro deste propósito geral, o projeto tem cinco objetivos:
Produzir uma análise abrangente da diferença de género e das identidades queer entendidas como principais motores do pensamento sobre mobilidade e criação de memória no Atlântico Pardo;
Desenvolver um modelo teórico inovador elaborado em redor da metáfora do arco-íris, metáfora esta derivada de um dito popular brasileiro resgatado da mitologia da África Central e Ocidental, e presente na escrita de três importantes escritoras afro-brasileiras (Carolina Maria de Jesus, Conceição Evaristo and Ana Maria Gonçalves);
Desenvolver uma abordagem intrinsecamente interdisciplinar e centrada em sujeitos que irá inovar através de uma mudança metedológica, que irá deslocar a atenção da localização nacional de cada artista específico/a à sua forma transnacional de lembrar e imaginar o movimento feminino negro;
Proporcionar oportunidades de desenvolvimento profissional e de liderança a outras/os investigadoras/es em início de carreira;
Colaborar com intervenientes da indústria não universitária no processo de investigação como forma de maximizar o número e diversidade de vozes e experiências;